MAIS UM SONETO
Neste soneto que te escrevo
já pouco tenho p'ra te dizer,
as letras saem em relevo
e eu à força, quero-te ver.
Esperei por ti a noite inteira
de luz acesa e acordada,
tirei outro cigarro da carteira
fumei até chegar a madrugada.
Mas visto tu não teres chegado
saí da cama, fui para o banho,
já sabes que a nada és obrigado
mas ai de ti, se eu te apanho.
E este soneto dou por terminado,
com catorze versos de tamanho.