NOITE ARREPIANTE

Caminho apressada pela cordilheira

levo as botas, uma em cada mão,

já se faz tarde, atravesso a ribeira

caminho descalça com os pés p'lo chão,

Vejo as pedras no fundo a brilhar,

a margem escurece com o denso arvoredo.

Não penso em nada só quero caminhar

mas a noite cai, e então tenho medo.

Oiço barulhos próprios da floresta,

mas os suores correm-me p'la testa,

sinto o medo a apoderar-se de mim.

Fico escondida tiritanto com frio,

quero ir p'ra casa. Sinto um arrepio.

Que noite medonha que não tem fim.

Biazocas
Enviado por Biazocas em 22/05/2007
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