MÁGOA DE PAPEL

Faço todo silêncio a que tenho direito,

pra falar sem palavras e nenhum temor,

sobre a mágoa que trago no sótão do peito;

amordaço e não deixo escapar o clamor...

Isso cabe ao papel; nele posso compor

uma prosa, um poema para dar meu jeito

e pintar de magia os contornos da dor;

só chorar solitário, nos braços do leito...

Aprendi esta forma de fluir lamentos;

minha escrita se adorna dos breves momentos

dessa doce utopia de só ser escrita...

Estes versos endossam a minha missão;

dou às pautas os males do meu coração;

suavizo com letras o que sangra e grita...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 29/10/2014
Código do texto: T5015636
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