FOLHA SOLTA
A página que encontraste
Não é tua... erraste
Já foi minha, outrora,
Zangada arranquei-a
Sem pensar amarfanhei-a
E arrependi-me na hora.
Sempre tentei encontrá-la
Mas voou ao separá-la
Não mais a voltei a ver,
Vi agora que eras tu
Que a guardavas no baú
Para a poderes esconder.
Não sei mais que pensar,
Estou feliz a imaginar
Que tu m'a vais devolver!
Fico por aqui esperando
Mas vejo os dias passando
E não há meio de aparecer.
Sinto uma dor no peito
Quero-a de qualquer jeito
Manda-me pelo correio,
Mas com carta registada
Não vá ser desviada
Que eu acharia muito feio.
Maria Custódia Pereira