Última Homenagem

As folhas tombam já mortas

Com cliques secos no chão

Seus sons imitam as portas

Que mais tarde se abrirão

O vento cumpre seu rito

Num silvo longo que acalma

Traz notícias do infinito

Em sons que tocam a alma

A névoa densa apequena

Frios momentos da cena

E embaça suas roupagens

A dama de negro presta

Sua última homenagem

Ao pouco de mim que resta.

Luiz Walter Furtado
Enviado por Luiz Walter Furtado em 28/05/2015
Reeditado em 29/05/2015
Código do texto: T5257626
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