NO CHÃO DA SAUDADE

Prossigo sereno revendo a história

no vasto terreno do chão da memória.

Tão cheio de grude brincando no chão

de bola de gude, carrinho e pião.

Lá pego canário com meu alçapão,

lá pesco piaba com meu gereré;

facheio rolinha com meu lampião

e brinco de bola imitando Pelé!...

Lá faço brinquedos de tábua, de lata,

e sei tirar mel de abelha na mata!

Sou bem mais feliz - não posso negar...

Onde fica esse chão? Em que tempo, espaço?

No chão da memória me perco e me acho...

Chão da saudade do velho Pilar!...