Soneto da Promiscuidade
A noite debruçada, cheia de desejo,
O corpo em chamas, a carne crua,
Olhos fechados, imaginando seu beijo,
A alma entorpecida fica nua.
As mãos tocam os seios,
Deslizam no desvario,
O vento sopra frio,
Pára-se pelo meio.
O clima esquenta,
O corpo não agüenta,
A vontade avança.
O sentir não descansa,
Chega-se a flor,
Gozos com esplendor.