A ferradura

Esses arreios, com que me tendes controlado,

São o mal de que sofro em meus sonhos,

Tal qual o jumento relincha eu tenho poetizado

A vida e estou fugindo de um pesadelo medonho...

Essa vida de jumento, ou de cavalo, de gado...

Amo o ar que me perpassa os pulmões,

O mato que mata a minha fome, amando,

Para sobreviver à condição animal, meras ilusões...

Oh, sofrimento que me transpassa a espinha,

Oh, ilusões que o meu suor sustenta,

Oh vida que me deu morte prematura...

Quero sentir o primeiro calafrio qual sentia

O amado, pela poetiza, que amá-la tentava;

Porém o amor é puro e, após a morte, perdura...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 27/06/2015
Código do texto: T5292001
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