A natureza

É Pena a natureza estar triste,

Como?...- O Vento agreste “tão se acalma

E na vida qu'stas tu que subiste

Como perlas da noite que tem palma.

Com tapetes de verdura, cristal, viste?

Como cravos de cortinas É Pena a natureza estar triste,

Como?...- O Vento agreste “tão se acalma

E na vida qu’então tu que subiste.

As ruas, avenidas, ‘stão nuas, despidas,

As árvores choram pla manhã qu’rida

E n’entannto a cidade nervosa fica.

Eu com mui pena da minha cidade,

Vejo apenas nesta boa mocidade…

Que na Poesia ninguém acredita.

LUÍS COSTA

Lamego, 11/08/2005

QUINTA DE CALVILHE

Trabalhado e aperfeiçoado em 11/08/2005

TÓLU
Enviado por TÓLU em 14/08/2015
Reeditado em 18/08/2015
Código do texto: T5345706
Classificação de conteúdo: seguro