O Andarilho

Do começo da jornada

Sobre um alazão de sonhos

Nem alegre, nem tristonho

Não tive, nem tenho nada

Tenho fé só na poeira

Da vida vou sem favores

Se ela é dor, foi passageira

Se ela é flor, já não há flores

Há muito vou desmontado

De tudo guardo a lembrança

Que nunca esteve ao meu lado

Dos sonhos só vejo rastros

Que a vista, a custo, alcança

Tão distantes como os astros.

Ouro Preto, 17 de agosto de 2015.

Luiz Walter Furtado
Enviado por Luiz Walter Furtado em 17/08/2015
Reeditado em 19/08/2015
Código do texto: T5349167
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