Bosta intelectiva

O calor do suor falado pelos cantadores desta terra

Vem trazendo o azedume das ferida enegrecidas

Por um período que atualmente põe em pé de guerra

As cores das mulheres, as penas dos poetas entristecidas...

O bravejo de alguns, a mesmice de outros, nada se modifica,

Pois, com suor se paga, e fácil se deve, e assim vem a navalha,

Que, com o tempo, enterra o rico e come o pobre que fica

À mercê de uns gênios que no mundo os há, são canalhas...

Os louros dão a patinha e recebem biscoito: Era navegação;

Ainda há louros, mas não só dão a patinha, mas a mesquinhez,

Por uma ninharia servem a seus senhores esperando o biscoito...

Os coitados que são levados à ponte ouvem o louro em ação:

Repetem o que o patrão diz, e, se tens sensatez,

Verás por si que neste mundo ou país quem desperta vira doido...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 02/10/2015
Código do texto: T5402022
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