O poeta

O amor é o calor que o vampiro engole no sangue,

É o que torna mais vulnerável a presa humana,

É a sensação do corrupto ao sentir o que lhe tange,

É a expressão do louco em sua fuga profana...

Se há liberdade em ser acorrentado,

Há felicidade em perder a alegria,

Mas quanto ser desfigurado

É o que a um pobre contagia?

Com uma paisagem de carnificina sentimos Deus,

Mas há algo que não se difere entre bem e mal -

Há uma moral que repele o imoral...

Quando o sangue bate no peito meu,

Acordo de um sonho, ou pesadelo, de ser imortal

E entendo que tudo isso é do poeta o menor mal...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 10/11/2015
Código do texto: T5444589
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.