O poema é a dor mais bela

Do amor o Universo renasce numa destruição cíclica,

Mas a vida, ali, nunca separa-se da eterna morte;

Se insiste em ser rica, a miséria acaba e fica

Para aqueles cuja sina é dor -Que é sentida na arte...

Nas coisas mais excêntricas, nas causas mais profanas,

Se não for no simples e prosaico -Uma paisagem campestre,

A vida parece veloz, destrutiva, corrupta, insana,

Mas, quando a vida reverbera verdejante, que o poema impere...

A dor de existir sob a vontade de outros, decisões alheias,

Mostra-se no abate do homem, que é feito por outro,

Então desejo a dor da arte, o eterno sufoco, e escrevo -sina...

A tristeza das ninfas faz rolar lágrimas belas e feias,

Pois não há beleza eterna se o belo for diverso do ouro -

A dor eterna da emoção sentida mais bela ainda...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 15/11/2015
Código do texto: T5449127
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