AS JANELAS

As janelas ouvem a voz do vento,

E as portas lá vão vivendo...

O Mundo inteiro vai morrendo,

E a lâmpada com o seu portento!

As janelas choram deste Mundo lento,

Da lentidão deste Mundo muito sendo...

Há tanta coisa que não entendo...

É pois o terrível perigo do movimento!

As janelas gritam de tanto medo,

De tanto medo desta solidão...

E é noite à tarde e não cedo!

E cedo é a vida na podridão,

E as janelas como um rio triste,

São afluentes do mar que existe!

LUÍS COSTA - Amadora

IN" BOLETIM DA A. P.P. e Jornal de Amadora e Gazeta de Felgueiras"

TÓLU
Enviado por TÓLU em 07/01/2016
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