Onde o canto não cicia

No meu peito morava um passarinho,

Ele piava um pio por dia,

Porque era bem pequenininho

E a juventude um dia cicia...

Ele cresceu e cantou o amor,

Já era época de uma companheira,

Mas o seu canto era dor,

Pois não era galo por inteiro...

Ele tentou voar,

Mas em meu peito era preso,

Então cantou três vezes por dia...

O verso a trovar,

Com um incêndio aceso,

Morreu e foi cantar onde o canto não cicia...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 19/02/2016
Código do texto: T5548520
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