Confusas Teias
Olhando aquele retrato,
Na parede do quarto.
Doce menina que crê
Nas aparecias que vê.
Tempos, remotos do passado,
Deixaram apenas a imagem
Do doce confiar desconfiado,
Cravado na pálida paisagem.
O tempo doa o artifício,
Amargo revela o descobrir,
Dando inicio ao eterno suplício.
Aprende-se o triste mentir.
Vê-se presa nas confusas teias
Enganando aranhas alheias.