Confusas Teias

Olhando aquele retrato,

Na parede do quarto.

Doce menina que crê

Nas aparecias que vê.

Tempos, remotos do passado,

Deixaram apenas a imagem

Do doce confiar desconfiado,

Cravado na pálida paisagem.

O tempo doa o artifício,

Amargo revela o descobrir,

Dando inicio ao eterno suplício.

Aprende-se o triste mentir.

Vê-se presa nas confusas teias

Enganando aranhas alheias.

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 12/07/2007
Código do texto: T562730