ATITUDE

ATITUDE

Pintei as minhas telas de ilusão

Deixei-lhes um aroma a utopia;

Sementes eu lancei de grão em grão

Sonhando que bons frutos colheria;

O tempo deu-me sempre este refrão:

Que nada em qualquer tempo mudaria!

Senti no meu trajecto um outro chão

Dif'rente desse chão que eu descrevia.

Então, notando sonhos na valeta,

Cheguei a abandonar minha caneta

- De que valia a pena escrever poemas?

Mas algo me constava da memória:

Ideias dos avanços que na História

Se dão, quando se afrontam os sistemas.

Joaquim Sustelo

(em ENQUANTO A BRISA SOPRA)

Joaquim Sustelo
Enviado por Joaquim Sustelo em 18/07/2007
Código do texto: T569883