Soneto de Dor
Nos momentos de desespero
Quando a dor física dilacera,
A dor da alma completa o destempero.
Persiste a esperança da nova quimera.
Busca-se afogar todas as dores
Em ternos versos desprovidos de amores.
Mente esquece-se de escrever alegrias.
Distrai-se com as fortes ventanias...
O clima propenso aos ventos
Aflora no coração os lamentos
Que brota nesses versos amenos.
Dor poda a vontade de criar.
Em instantes de lucidez, pequenos,
Essas palavras conseguem escapar..