Soneto de Dor

Nos momentos de desespero

Quando a dor física dilacera,

A dor da alma completa o destempero.

Persiste a esperança da nova quimera.

Busca-se afogar todas as dores

Em ternos versos desprovidos de amores.

Mente esquece-se de escrever alegrias.

Distrai-se com as fortes ventanias...

O clima propenso aos ventos

Aflora no coração os lamentos

Que brota nesses versos amenos.

Dor poda a vontade de criar.

Em instantes de lucidez, pequenos,

Essas palavras conseguem escapar..

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 19/07/2007
Código do texto: T571512