A beleza de Eros
Prazer não tem princípio é como a beleza
em sua expressiva espontaneidade,
que vaga no que é belo em qualquer idade
e dispõe-se ao amor sem vulgar tibieza,
sem que na intensidade seja violenta,
sem que na vida lenta sinta ansiedade
porque na sua expressão sempre se bem contenta
por ser compartilhável como água de fonte,
onde vem saciar-se muito naturalmente
a boca dada ao beijo do amor que jorra,
não importa se o esforço foi subir o monte,
se não em saciar-se é o que pensa a mente
que de si não reclama e vive sem pachorra.