A dor do poeta

Quando a nuvem tem forma de carneiro,

Olhamos deitados na grama para a mata,

Lé vemos uma lagartixa, ou uma aranha,

Mas uma brisa, um vento bate costumeiro

Nos cabelos, e grilos insistem numa barata

Música de mato, assim, versando, arranha

A garganta do poeta, mas há uma arte,

Uma música, um poema, uma poesia, e

Vou viajando nessas imagens destarte

E fico preso entre quatro paredes, se

O meu peito esbanja o amor de poeta,

É que sou livre como um pássaro voador,

Então cesse essa prisão, eu sou esteta,

Quero a liberdade, que pare a minha dor...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 16/10/2016
Código do texto: T5793525
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