O meu preço é a poesia

O verso sangra no dia que passa,

Sai as fezes do amor eterno, se

O afago do verso cheira a sovaco,

Que num voo de pobre se alça

Quando o sentimento tem que

Ser dito com palavrões, amassos,

Assim que os vermes da carne podre

Virem as moscas do dia de amanhã,

Pois há uma esperança no sabre

Que mata o poeta que ama, na sã

Vida que consegue depois de enlouquecer

De poesia, assim que toda a fantasia venha

Unir-se ao poema, formando o amor, por ser

Feito pelas palavras ávidas de quem nada ganha...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 05/11/2016
Código do texto: T5814230
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