Soneto à minha mãe

Dos carinhos de mãe que tive outrora

Eu não posso esquecer um só segundo

Neste afeto materno e tão fecundo

Eu mergulho o meu pranto nessa hora

A saudade materna inda vigora

Neste filho que vaga pelo mundo

A procura de lar sacro e profundo

Que a sorte vandálica jogou fora

E num sonho macabro a vi surgindo

Minha mãe a falar com gesto lindo

Nos mais toscos problemas conjugais

Na distância cruel da minha casa

A tristeza hedionda me extravasa

Quando lembro os carinhos maternais.

Antônio Agostinho

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 13/11/2017
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