Atravessando o rio subindo

O quadro de amarguras onde me espelhei

Faz uma melancolia que jamais vou criar,

Porque eu não sei desenhar tampouco pintar,

Assim vou continuar a viver e prosador serei,

Criarei o amor personagem e poderei lembrar

Que eu tive amores criados sem eu escrevinhar,

Se o desalmado poeta que fui negou compaixão,

É que a paixão do meu coração não pude dar,

Mas, se um dia, quem sabe, faltar coração,

Eu mesmo farei o meu poema onde irei amar,

E, nascendo na forma de um poeta superior,

Irei retomar o meu rumo à universalidade,

Se cada palavra que escrevo me causa dor,

Buscarei vencer o mal e escrever sem maldade...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 04/12/2017
Reeditado em 04/12/2017
Código do texto: T6189629
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