No amor só é bebida a embriaguez

Pensar, pensar, pensar, sem se embriagar,

enquanto pensei assim, nunca filosofei,

se filósofo ou poeta é o que posso abrigar

nessa embriaguez que criei, cantei,

canto é à filosofia hidropônica-etílica;

nascida no sovaco das estrelas lindas,

em tardes bem gostosas, alegrias infindas;

um brinde antes do corpo que ao teu te imbrica,

em confusão de pernas com que a mim brindas

a maciez do beijo bebido na boca,

na hora em que vêm ondas tão sucessivas;

que as pedras das sereias tornam-se berlindas,

no espanto de saberem haver em gruta oca

a ostra que acolhe as alegrias vivas.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 21/02/2018
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