Abraço mortal
Quando o desejo é fome transcende a angústia
e busca o contato com o alimento,
que esteja sobre a mesa, para a qualquer momento
não enxergar da luz mesmo a menor réstia
o que em contradição o mate, sem matá-lo,
num matar ou morrer que o faz triste e perverso,
cheio de inconveniência ao encostar o falo
no lugar onde há frente e também há o verso,
ser verso de poema que lhe meta o braço,
sem que o desejo aceite este piparote,
e vá sempre à procura de dar outro bote,
em amor clandestino nalgum camarote
de boate chinfrim onde se amarrote
corpo em outro corpo por causa do abraço.
Quando o desejo é fome transcende a angústia
e busca o contato com o alimento,
que esteja sobre a mesa, para a qualquer momento
não enxergar da luz mesmo a menor réstia
o que em contradição o mate, sem matá-lo,
num matar ou morrer que o faz triste e perverso,
cheio de inconveniência ao encostar o falo
no lugar onde há frente e também há o verso,
ser verso de poema que lhe meta o braço,
sem que o desejo aceite este piparote,
e vá sempre à procura de dar outro bote,
em amor clandestino nalgum camarote
de boate chinfrim onde se amarrote
corpo em outro corpo por causa do abraço.