O berro de ouro falso de um gritante enfado fadado a fazer dormir em pé
Soltei o berro pra que nunca volte,
cansei de tanta gritaria, irmão,
não estou aqui para fazer canção
de ópera bufa, sou poeta e solte
a mão do braço que pendente está
na lateral esquerda deste corpo,
vê se não mete a falso podestá,
não troco o copo vago em cor por pó
de emoção gritada, bezerro de ouro,
de quem não dá poema nem no couro,
quando falar de amor tornou-se raro,
e ela só ouve a buzina do carro,
que aliás tem cor de azul carbono,
tanta paixão acaba dando sono.
Soltei o berro pra que nunca volte,
cansei de tanta gritaria, irmão,
não estou aqui para fazer canção
de ópera bufa, sou poeta e solte
a mão do braço que pendente está
na lateral esquerda deste corpo,
vê se não mete a falso podestá,
não troco o copo vago em cor por pó
de emoção gritada, bezerro de ouro,
de quem não dá poema nem no couro,
quando falar de amor tornou-se raro,
e ela só ouve a buzina do carro,
que aliás tem cor de azul carbono,
tanta paixão acaba dando sono.