A penúltima dança antes da antepenúltima

Desarticulo o osso como se à palavra
à fratura em letra por letra na dor
cominutiva na hora em que se lavra
a expansão do ser, a expansão do amor;

a consciência do amor descontrai o esqueleto,
e cada osso é partido em várias partes,
saio dessa ontogênese que é só espectro
de mim no que há de esquálido nas malasartes

de ter na implosão o único firmamento
em voo expansionista que enxuga o ser
dos excessos perdidos na sideração,

lixo espacial fora do alcance dos olhos,
escolhos no abandono do esquecimento,
todo lado de fora assim jogado fora;

jogo quebra-cabeça e rearticulo, agora,
os ossos na ação do realinhamento,
danço e ainda os pés deslizam em assoalhos.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 20/04/2018
Código do texto: T6314014
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