Afasta-te ou devoram-te
Não deixe que encham a tua boca de formiga
nem que escarifiquem as feridas tuas d’ alma;
basta trocarem de letra para encherem de lama
o lugar que devia ser de voz amiga,
seja a voz de amigo que anda esquecido
mesmo havendo chance de cultuar convívio,
ao esgarçar de vez todo entretecido
viver que houve um dia, ao se tornar ínvio
olhares antes claros que antes abriam sorrisos;
quando o que há de fato são tão imprecisos
deslizes de atenção em fatura de cobrança,
quando é a paranoia com seus tristes guizos
quem faz o mal-estar vencer os indecisos
afastando o homem dessa desesperança.
Não deixe que encham a tua boca de formiga
nem que escarifiquem as feridas tuas d’ alma;
basta trocarem de letra para encherem de lama
o lugar que devia ser de voz amiga,
seja a voz de amigo que anda esquecido
mesmo havendo chance de cultuar convívio,
ao esgarçar de vez todo entretecido
viver que houve um dia, ao se tornar ínvio
olhares antes claros que antes abriam sorrisos;
quando o que há de fato são tão imprecisos
deslizes de atenção em fatura de cobrança,
quando é a paranoia com seus tristes guizos
quem faz o mal-estar vencer os indecisos
afastando o homem dessa desesperança.