O voar augusto pelas plagas

Não faças das tuas asas, pássaro, dois leques,
como se escondidas fiquem as tuas penas
uma atrás da outra se fechadas em breques
de não querer voar também em boas e amenas

horas, nas madrigais alegrias dessa roda
de engenho onde as águas movimentam tudo
como se fossem ar que nenhuma asa poda,
ar em que se possa boiar como se sobre tudo

dissolvessem a cola onde sua asa gruda
desde que era asa pequena em primeira muda
com medo de voar, voar, voar, voar ...

E se preciso for trarei ramos de arruda,
trevo das quatro folhas, tudo que ajuda
a sorte a ser preciosa na hora de voar.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 11/07/2018
Reeditado em 01/02/2020
Código do texto: T6386892
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