Carolina, a ressentida.

Carolina, a ressentida.

Desde a altura da pera e acima da cintura
apenas o veneno mantém a pureza,
mulher vocacionada para a tibieza
é a que nunca perdoa e só traz amargura,

mantém o rosto duro, humilha a vontade
aprisionada em ilha sob maldição,
pois praga de mulher é a pior verdade
que nos tira o chão, ao tirar chão do chão

até só existir buraco após buraco
por ódio escavado c’ os cascos em fúria,
e, assim, é Carolina, a eterna ressentida

uma boa desgraçada que reduz a úraco
quem quer que ao lado dela se torna incúria,
na autodestruição de lhe ofertar a vida.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 16/07/2018
Código do texto: T6391162
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