O bem-estar do amor

Graças ao céu da boca, o sol desencarcera
todo calor humano e o hálito perfuma
a manhã da boa nova após tanta espera
a que se forçou o amor, fazendo que nenhuma

razão agora haja para a estupidez
de alimentar a língua com sais de destemperos
que traduzam apenas ânsia ou desesperos
causados por intrigas ou desfaçatez

que sempre abrem distâncias entre boca e ouvido,
compreensão e aurora de um entendimento
que não queira ser só, por nunca se bastar

o amor ser o amor só se compreendido,
porque compreensão falsearia o momento
em que falar de amor fosse só bem-estar.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 17/07/2018
Código do texto: T6392077
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