Manhã de males dissolvidos

Rio de aguarrás que dissolve as cores
rasas ou infundadas da triste aquarela,
na verdade rasuras ou rascunho de dores
vindas desde um nada à essa janela

onde debruça um homem em sua madureza
após compreender que o ressentimento
é a sua descrença e não sua natureza
vazia de sarcasmo a partir do momento

em que não move um músculo para o alívio
do mal que o aflige, comiserativo
mas sem diminuir-se ou subtrair nada,

seja do seu percurso ao qual nunca foi ínvio
ou sua aflição que não o queria vivo,
agora na manhã dessa nova alvorada.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 02/08/2018
Código do texto: T6407153
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