Entre uivos dos montes e ondas dissonantes
Além de beira-mar de frente há horizonte
de costas para o mar há terra a vista,
se na terra pisada há sempre o trás-o-monte
no mar existe a onda onde o corpo invista
braçada a superá-la até achar mar raso
que é a mesma beira-mar onde se achava antes,
lugar inexistente onde sempre me atraso
entre ondas e montes sempre dissonantes,
como se alcançasse as notas musicais
que levem a estranhar como conseguiu Igor
Stravinsky no mar de sons que demandava um cais
que a poesia ao criar o fizesse em vigor
capaz de suportar o espaço onde caís-
te, poesia, dentro do mar com seu rigor.
Além de beira-mar de frente há horizonte
de costas para o mar há terra a vista,
se na terra pisada há sempre o trás-o-monte
no mar existe a onda onde o corpo invista
braçada a superá-la até achar mar raso
que é a mesma beira-mar onde se achava antes,
lugar inexistente onde sempre me atraso
entre ondas e montes sempre dissonantes,
como se alcançasse as notas musicais
que levem a estranhar como conseguiu Igor
Stravinsky no mar de sons que demandava um cais
que a poesia ao criar o fizesse em vigor
capaz de suportar o espaço onde caís-
te, poesia, dentro do mar com seu rigor.