Fala, pô!
Quem para sente e não consente
separação de coração e mente,
paixão que nada, entrega inteira
só há quando o corpo tem beira,
de que adianta uma platibanda
ou estar acima duma cumeeira
se houver paixão ruim e nefanda
para estragar uma vida inteira;
pare e sente, sente e então fale
o que o amor deseja o pensar não cala,
pois é o amor que oferece a tala
quando o braço fratura em detalhe
menor do que há na alma fraturada,
quando só há paixão e é calada a fala.
Quem para sente e não consente
separação de coração e mente,
paixão que nada, entrega inteira
só há quando o corpo tem beira,
de que adianta uma platibanda
ou estar acima duma cumeeira
se houver paixão ruim e nefanda
para estragar uma vida inteira;
pare e sente, sente e então fale
o que o amor deseja o pensar não cala,
pois é o amor que oferece a tala
quando o braço fratura em detalhe
menor do que há na alma fraturada,
quando só há paixão e é calada a fala.