A janela de uma manhã sem sol
Se o sol dessa manhã me der as costas
e só restar a fúria do oceano,
como ontem vi nas fichas das apostas
quando perdi o jogo e fiquei sem plano
para a navegação não me farei ao mar
mas não aceitarei também a poça,
nem de mim mesmo irei fazer mais troça
se o que mais me destroça for não mais amar,
irei dançar c’ a fúria que chegou à praia
com cada onda forte que comigo ensaia
não só se derramar a torto e a direito,
darei razão a quem contra a fúria espraia
um vendaval de amor de levantar a saia
mesmo do mar bravio a me abrir o peito.
Se o sol dessa manhã me der as costas
e só restar a fúria do oceano,
como ontem vi nas fichas das apostas
quando perdi o jogo e fiquei sem plano
para a navegação não me farei ao mar
mas não aceitarei também a poça,
nem de mim mesmo irei fazer mais troça
se o que mais me destroça for não mais amar,
irei dançar c’ a fúria que chegou à praia
com cada onda forte que comigo ensaia
não só se derramar a torto e a direito,
darei razão a quem contra a fúria espraia
um vendaval de amor de levantar a saia
mesmo do mar bravio a me abrir o peito.