Homenagem a uma louca que não suporta a dor a ser sentida antes da sanidade
Não venha transbordar tumultuosas águas
jamais antes filtradas pelo pensamento,
que não possuam sentido e me tragam mágoas
só para ver a dor que é o teu tormento
nalgum espelho d´água em mim inexistente,
nunca se apaga em mim, mesmo que invadido,
tudo que em mim rejeita o amor bandido
que intente o assalto contra toda gente,
mas ao poeta vem como paixão infrene
tentar fazer poeta somente o que pene
a dor que a acovarda e impede que conheça
a água limpa e clara que ao fluxo não empene
a doce superfície. Sei o teu ar solene!
Sei o teu desconchavo dos pés à cabeça.
Não venha transbordar tumultuosas águas
jamais antes filtradas pelo pensamento,
que não possuam sentido e me tragam mágoas
só para ver a dor que é o teu tormento
nalgum espelho d´água em mim inexistente,
nunca se apaga em mim, mesmo que invadido,
tudo que em mim rejeita o amor bandido
que intente o assalto contra toda gente,
mas ao poeta vem como paixão infrene
tentar fazer poeta somente o que pene
a dor que a acovarda e impede que conheça
a água limpa e clara que ao fluxo não empene
a doce superfície. Sei o teu ar solene!
Sei o teu desconchavo dos pés à cabeça.