Retrato de Stanislaw Balner, quando ele se apaixona
A carência em fúria tem som de trovoada,
esvazia o vazio para fora em fúria de chuva
de pancada, temporal, sempre inacabada
que mata todo mundo e a faz sempre viúva,
ao emascular o homem que a sinta premente
sem traduzir na fala a ela um embargo
que faz homem perder de ser homem o cargo
se é incapaz de reter em si mesmo o que sente,
ao depurar o sentir quando está apaixonado,
pois isso faz o erro ser sempre errado,
quando o raio da chuva lhe rasga o peito,
fazendo-o entender precisar ir mudado
dizer para a mulher que a quer ao seu lado,
quando for bom amante se a tiver ao leito.
A carência em fúria tem som de trovoada,
esvazia o vazio para fora em fúria de chuva
de pancada, temporal, sempre inacabada
que mata todo mundo e a faz sempre viúva,
ao emascular o homem que a sinta premente
sem traduzir na fala a ela um embargo
que faz homem perder de ser homem o cargo
se é incapaz de reter em si mesmo o que sente,
ao depurar o sentir quando está apaixonado,
pois isso faz o erro ser sempre errado,
quando o raio da chuva lhe rasga o peito,
fazendo-o entender precisar ir mudado
dizer para a mulher que a quer ao seu lado,
quando for bom amante se a tiver ao leito.