As luzes acesas para Olga
Quero estar num domingo ou num dia de folga,
qualquer lugar do tempo entre a vida e a morte,
amando quem me queira e que ela seja Olga
sobre macia relva cheia de graça e sorte,
pois já fiz travessias, hoje sou mar de porto,
e sendo em enseada é que me alargo ao mar
oferecendo a praia onde não caio morto,
pois já não mais naufrago em mar que fiz ser mar;
sim, Olga, o amor tem tempo, convés disponível,
tem barco e timoneiro, não anda à deriva,
tem boa água de lastro posta em bom nível,
o pensamento aberto ao que cai do céu,
seja uma tempestade ou estrela ainda viva,
luzes feitas de gestos com sabor de mel.
Quero estar num domingo ou num dia de folga,
qualquer lugar do tempo entre a vida e a morte,
amando quem me queira e que ela seja Olga
sobre macia relva cheia de graça e sorte,
pois já fiz travessias, hoje sou mar de porto,
e sendo em enseada é que me alargo ao mar
oferecendo a praia onde não caio morto,
pois já não mais naufrago em mar que fiz ser mar;
sim, Olga, o amor tem tempo, convés disponível,
tem barco e timoneiro, não anda à deriva,
tem boa água de lastro posta em bom nível,
o pensamento aberto ao que cai do céu,
seja uma tempestade ou estrela ainda viva,
luzes feitas de gestos com sabor de mel.