A herança trágica
Dentro do que a fresta espreita há só ruindade
de os olhos alargados de tanto espanto
c’ a violeta roxa da brutalidade
e a chuva que traduza o verdadeiro pranto:
há só o alargamento da pálpebra espúria
e o espanto não espanto com coisas antigas,
prurido n’ ambos olhos, folhas de urtigas
e o veneno das horas disposto em fúria;
há só o trauma e o tapa, há só o desconchavo
de quem da própria fúria se tornou escravo;
há só o masoquismo que enleva o sádico,
há só a mão em sangue e lama que não lavo,
há só toda desgraça herdada do avô,
há só esse desenho de destino trágico.
Dentro do que a fresta espreita há só ruindade
de os olhos alargados de tanto espanto
c’ a violeta roxa da brutalidade
e a chuva que traduza o verdadeiro pranto:
há só o alargamento da pálpebra espúria
e o espanto não espanto com coisas antigas,
prurido n’ ambos olhos, folhas de urtigas
e o veneno das horas disposto em fúria;
há só o trauma e o tapa, há só o desconchavo
de quem da própria fúria se tornou escravo;
há só o masoquismo que enleva o sádico,
há só a mão em sangue e lama que não lavo,
há só toda desgraça herdada do avô,
há só esse desenho de destino trágico.