A arte de sumir no mar

Quando a fúria procura ter clareza e forma
de expressão concisa e objetiva
é quando o rosto todo enfim se deforma
sem permitir que em face a alma esteja viva,

todo pensar da fúria finda em loucura
que rasga a alma e rasga o próprio pensamento,
loucura após loucura já sem cura, intento
de em intenção de fúria encontrar procura

por via da palavra que negue a lógica,
em lógica tão própria que em si se oculta,
que conduz sempre ao ralo mesmo a forma culta

dentro do palavreado que perde a mágica
na dissonância cabal que ninguém ausculta
pedra que vai ao mar desde a catapulta.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 02/10/2018
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