Chega de jardins desertos

Não irei aos jardins desertos escrever poemas
quando a flor estiver só na floricultura
ou nalgum parapeito como fossem gemas
em pétalas de hortênsias na hora futura

fora do meu alcance, embora ainda dance
querendo dar à flor o abraço na cintura
como se fosse vento em desenvoltura
querendo ao próprio vento dar alguma chance;

agora que a flor já não é mais botão
quando a camiseta prescinde botões,
e o chão é sobre o asfalto extremamente quente;

o que plantei em mim foi vivo coração,
e é com o coração que cultivo as ações
que faz brotar a flor que o sentimento sente.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 05/10/2018
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