O verbo

O esvaziamento do que havia a ser dito
faz que haja silêncio e também clareza,
para então cuidar do que ama e preza
além de se sentir completo e bendito

quem chega a este ponto de equilíbrio.
O que não fez sentido perde então o sentido,
a vida segue calma em fluxo de rio,
e o poeta em paz mesmo quando bem ébrio

dorme após o almoço sem fome de nada,
sem mais necessidade de ter pé na estrada,
porque já tem caminhos certos de ida e volta,

fazendo do limão uma limonada ou nada,
sendo a porta da saída a porta da entrada,
no domínio do verbo sem ter língua solta.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 01/11/2018
Reeditado em 01/11/2018
Código do texto: T6491828
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