Margareth Duras fala do seu alcoolismo antes de votar em Bárbara Fialho ou Yara Khmidan, as duas divas ainda capazes de ganhar o Troféu Moela Crua de 2018.
O álcool esteriliza a alma de quem bebe,
se faz maior que o mar quando nos embriagamos,
faz homem ir ao chão como se fosse bebê
abandonado em torpe valeta entre ramos
e folhas e lamaçal em sua ebriedade.
Numa mulher é algo sempre escandaloso,
é uma ofensa ao divino em qualquer idade,
quem fala é a cirrose de um beber doloso
que tive em minha vida do princípio ao fim,
desde a minha infância feia entre o medo e a vergonha,
quando a minha mãe fez o que fez de mim,
de tanto me espancar, sem nunca dizer sim,
fazendo me sentir esquisita e medonha,
mas tive meu sucesso, enfim, mesmo assim!
O álcool esteriliza a alma de quem bebe,
se faz maior que o mar quando nos embriagamos,
faz homem ir ao chão como se fosse bebê
abandonado em torpe valeta entre ramos
e folhas e lamaçal em sua ebriedade.
Numa mulher é algo sempre escandaloso,
é uma ofensa ao divino em qualquer idade,
quem fala é a cirrose de um beber doloso
que tive em minha vida do princípio ao fim,
desde a minha infância feia entre o medo e a vergonha,
quando a minha mãe fez o que fez de mim,
de tanto me espancar, sem nunca dizer sim,
fazendo me sentir esquisita e medonha,
mas tive meu sucesso, enfim, mesmo assim!