A garça


Há perdas que aumentam nossos movimentos,
aumentam os recursos pessoais ignotos
antes, sinalizando a hora de bons ventos,
sem que de arrogâncias tenhamos arrotos

de promessas inúteis ou falsos propósitos
diante da sedução que as vezes exercemos
contra o próprio ego, que é barco sem remos
se o lançamos sempre em mares esquisitos

onde há falsos nós de cordas ao remanso
do porto escolhido em solidão e farsa,
cais em que só existe tudo que se esgarça

em força de trabalho, onde não há descanso,
onde o que existe é só o mal que se disfarça,
onde não há a pedra em que repousa a garça.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 02/11/2018
Código do texto: T6493049
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