A garça
Há perdas que aumentam nossos movimentos,
aumentam os recursos pessoais ignotos
antes, sinalizando a hora de bons ventos,
sem que de arrogâncias tenhamos arrotos
de promessas inúteis ou falsos propósitos
diante da sedução que as vezes exercemos
contra o próprio ego, que é barco sem remos
se o lançamos sempre em mares esquisitos
onde há falsos nós de cordas ao remanso
do porto escolhido em solidão e farsa,
cais em que só existe tudo que se esgarça
em força de trabalho, onde não há descanso,
onde o que existe é só o mal que se disfarça,
onde não há a pedra em que repousa a garça.
Há perdas que aumentam nossos movimentos,
aumentam os recursos pessoais ignotos
antes, sinalizando a hora de bons ventos,
sem que de arrogâncias tenhamos arrotos
de promessas inúteis ou falsos propósitos
diante da sedução que as vezes exercemos
contra o próprio ego, que é barco sem remos
se o lançamos sempre em mares esquisitos
onde há falsos nós de cordas ao remanso
do porto escolhido em solidão e farsa,
cais em que só existe tudo que se esgarça
em força de trabalho, onde não há descanso,
onde o que existe é só o mal que se disfarça,
onde não há a pedra em que repousa a garça.