O berço
No berço do samba é impossível a tristeza
pois há o acalanto para as dores todas,
aqui ninguém mais fica embaixo das rodas
e o relógio nos diz que no tempo há beleza
desde os primeiros passos até o último passo,
mesmo em ruas de barro ou pedaços de mim,
mesmo nesse espaço de régua e compasso,
em que não há início nem antes do fim,
quando recomeço sem coração opresso,
sem provocar fratura que precise gesso,
pois é em berço de samba que sou bom e posso
pois sendo samba nunca saio ou me despeço
porque se fico a tristeza impeço,
carregando a alegria da pele ao osso.
No berço do samba é impossível a tristeza
pois há o acalanto para as dores todas,
aqui ninguém mais fica embaixo das rodas
e o relógio nos diz que no tempo há beleza
desde os primeiros passos até o último passo,
mesmo em ruas de barro ou pedaços de mim,
mesmo nesse espaço de régua e compasso,
em que não há início nem antes do fim,
quando recomeço sem coração opresso,
sem provocar fratura que precise gesso,
pois é em berço de samba que sou bom e posso
pois sendo samba nunca saio ou me despeço
porque se fico a tristeza impeço,
carregando a alegria da pele ao osso.