A estrada
Quando vou ser um velho? Se ainda bem sinto
correr pelas artérias os sonhos sem dores,
se do amor ainda nascem melhores odores
e se na poesia ainda bebo o absinto
e como a ambrosia agridoce dos sentidos
entre os desvãos da lógica e do contentar-me
c’ o desfile das musas em belos vestidos
a destilarem sempre alegria e charme;
se ainda brincalhão posso fazer piada
e ando de bermuda no calor do trópico;
se já estou mais magro nessa madrugada
e bebo meu uísque sem carência em nada.
Se em o que faço e penso posso e me explico,
se a estrada curta é a mais longa estrada.
Quando vou ser um velho? Se ainda bem sinto
correr pelas artérias os sonhos sem dores,
se do amor ainda nascem melhores odores
e se na poesia ainda bebo o absinto
e como a ambrosia agridoce dos sentidos
entre os desvãos da lógica e do contentar-me
c’ o desfile das musas em belos vestidos
a destilarem sempre alegria e charme;
se ainda brincalhão posso fazer piada
e ando de bermuda no calor do trópico;
se já estou mais magro nessa madrugada
e bebo meu uísque sem carência em nada.
Se em o que faço e penso posso e me explico,
se a estrada curta é a mais longa estrada.