A partilha


Há dia de desânimo e de desencanto
em que o cais não mais quer saber da dor
que se encontra à deriva para o espanto
do marinheiro antes sem amor;

há dias em que a esperança não faz mais sentido
porque o prazer foi engodo e extrema covardia,
então o olhar não mais gira e não se faz de perdido
porque sob o olhar há a retina luzidia

nada caleidoscópica em sua totalidade,
quando ocorre o amor ser estímulo e gesto
tudo que não é amor sequer é indigesto;

a noite de sereno então é a serenidade,
momento em que divido tudo e até empresto,
porque do amor pra mim apenas nada arresto.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 28/01/2019
Código do texto: T6561544
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