Cheio de pena Stanislaw Balner pede ao Monstro do Lago Néscio que lhe dê um tapa na cara, oferece a outra face ao monstro para ver se assim a virago-marafona consegue expressar algum afeto, mas o monstro passa mal e tem crise de asma.
A falta de ar do monstro do Lago Néscio
tem origem na ânsia do gozo absoluto,
mas esse prazer torpe só no estado bruto
provoca a ereção do grelo que no cio
animaliza o monstro e o leva à siririca
até o gozo digital levá-lo à exaustão,
para dentro do lago olhar monstro não estica,
para fora do olho quer ter sempre a mão
pronta para o golpe que na expiração
exale o bafo quente das entranhas sórdidas!
Mas a falta de ar o faz ser apressado,
raramente o monstro consegue a ação
de ir além do braço em que dá mordidas,
próprio braço imóvel sempre engessado.