Baco (sei do cacófato) contemporâneo
Ceda a uma tentação mas não ceda a todas,
tua barriga gorda canta os pneus nas ruas,
Baco contemporâneo de todas as rodas
de verdades expostas muito nuas, cruas
como a dor que dói em todas as suas pernas
onde massagens tântricas não são o alívio
por não terem passado nunca em brisas ternas
mas por verões, invernos, calores e frio
supremo frio friorento glacial e triste
confessado apenas na hora do chiste
de pássaro em gaiola balançando grade
entre Sacher Masoch e o Marques de Sade
no coração vazio onde inexiste
a tristeza sincera de um homem triste.