Soneto Resignação

Estou resignado ao destino!

Condenado pelo tempo

Vivo como clandestino

Neste mundo de tormento!

Com o tempo serei resiliente

Não me sentirei tão impotente

Cultivei no campo um carpo

Levei com sobre si o fardo.

Minha alma que é tão leve como a pluma

jorrava lágrimas, pois foi furada por uma verruma

Verruma que perfurou uma alma densa como a bruma.

Eu busco as torvas nas palavras turvas

Encontro as raras sorvas nas matas curvas,

Pois perco-me nas sinuosas linhas absurdas.